São muitos os mitos sobre a amamentação e, neste artigo, nós reunimos os principais deles. Nosso objetivo é que viva você feliz e intensamente essa fase, que pode fazer toda a diferença no desenvolvimento da criança e no fortalecimento do vínculo entre você e o seu filho. Confira.
1 – Tomar sol na mama durante a gravidez é bom para a Amamentação
É mito sim (apesar de muita gente dizer o contrário).
Na verdade, colocar a mama pra tomar no sol durante a gestação pode ressecar a auréola do peito e o mamilo, aumentando ainda mais o risco de rachaduras já nas primeiras mamadas após o nascimento do bebê.
Você não precisa preparar as mamas antes do bebê nascer. O ideal é fazer isso depois que ele chegar, na pós gestação. E como? Com massagem e finalmente com sol.
Neste caso, pra tomar sol nas mamas a dica é usar o próprio colostro, que é cicatrizante, na auréola e no mamilo. Lembrando que são no máximo 15 minutos de sol por dia, antes das 10 da manhã ou depois das 4 da tarde.
E, no resto do corpo, use filtro solar.
2 – Amamentar faz o peito cair.
Esse, aliás, é um dos mitos clássicos sobre a amamentação. Definitivamente, amamentar não faz o peito cair.
O que pode causar a flacidez dos seios é a genética, a idade da mulher, o número de gestações – já que as mamas aumentam de tamanho e voltam ao normal a cada gravidez – e o fumo.
Pois é: fumar faz o peito cair.
O cigarro quebra uma proteína da pele chamada elastina, que dá à pele uma aparência jovem e flexível. E é a elastina também que dá apoio aos seios. Mais uma boa razão para se parar de fumar, se for este o seu caso.
3 – Existe leite fraco.
Outro grande mito. Tem mãe que acha que o seu leite é fraco porque o bebê ainda chora depois de mamar. Mas um bebê pode chorar por frio, calor, por dor. Ou porque só quer uma dose extra de aconchego mesmo.
A mãe também pode pensar que o seu leite é fraco se comparar o seu bebê, que dorme por pouco tempo após mamar no peito, com outro que dorme por toda a noite depois da mamadeira. Mas a digestão do leite de vaca, muito mais demorada, só faz com que essa criança fique mais cansada e sonolenta, e não melhor alimentada.
Um terceiro motivo para mitos como o do leite fraco é quando a mãe acha que o seu bebê não está ganhando peso suficiente com a amamentação exclusiva.
Neste caso, é importante avaliar se a massagem nas mamas ou a pega do peito está acontecendo da forma correta, já que isso afeta diretamente a sucção do leite e a sua produção.
4 – Existe um tempo certo de duração da mamada.
Esse é outro dilema com o qual as mães se deparam durante a amamentação. Deixar o bebê mamar livremente ou controlar o horário e o tempo das mamadas?
O mais recomendado é amamentação por livre demanda no começo, ou seja, sempre que bebê quiser. E aos poucos, entendendo o ritmo do seu bebê, a mãe vai estabelecendo um padrão.
5 – Bebê no aleitamento exclusivo também precisa beber água para matar a sede.
O Bebê de até 6 meses que se alimenta exclusivamente do leite materno NÃO precisa beber água. O próprio leite da mãe já fornece a quantidade de água que ele precisa no dia a dia.
Inclusive, a ingestão de água pode até fazer com que o bebê tenha menos vontade de mamar – uma vez que haverá menos espaço na barriguinha dele para o leite da mamãe.
Já a criança que recebe alimentação complementar deve sim tomar água, pois é mais difícil para o organismo dela “quebrar” proteínas maiores, como a do leite artificial.
Mas é necessário conversar com o Pediatra para saber como a introdução de outros líquidos pode acontecer.
6 – A criança que já come de tudo, não precisa mais ser amamentada.
Até os 2 anos de idade, o leite materno ainda fornece substâncias complementares muito importantes para o desenvolvimento infantil, e que não podem faltar no “cardápio” da criança.
Então, mesmo que o bebê já bata aquele pratão de legumes, vale a pena continuar dando o peito a ele.
7 – Amamentar é papel da Mãe.
O Pai pode e deve participar da prática da Amamentação.
Aliás, a falta de apoio paterno é outro motivo muito comum que leva a mulher a interromper a amamentação antes do tempo recomendado.
O Pai pode contribuir com o dia a dia da Amamentação do seu bebê principalmente permitindo que a mamãe descanse. Por exemplo: o bebê mamou? Que tal o papai colocar a cria para arrotar e dormir?
O cansaço pode diminuir a produção do leite materno, portanto faz mal não só para mãe, como para o bebê também.
Aliás, a Pâmela Rodrigues, nossa Especialista do Curso Amamentação na Prática, tem uma aula no curso dela só sobre o papel do pai na amamentação. Confira um trecho neste áudio:
8 – Amamentar é fácil.
Não, não é fácil. Em alguns casos, amamentar pode até ser um grande desafio!
Só a forma de segurar o bebê já pode fazer toda a diferença na sucção do leite e na sua produção. Fora as noites em claro que as mães costumam passar, com os pequenos no colo – e no peito.
Mas, apesar de todos os esforços, é comum a mãe se sentir culpada de algum modo ao descobrir que o bebê não está se alimentando direito pela Amamentação Exclusiva. É quando ela acaba oferecendo muito cedo ao filhote a alimentação complementar. Ou desistindo de vez de dar o peito ao bebê.
A mãe que amamenta precisa de carinho, de atenção, de ajuda: do pai, da família, dos vizinhos, dos amigos. Esse sim é o melhor jeito de incentivar a amamentação.
E aí? Você já conhecia esses mitos sobre a amamentação? Acreditava em algum deles?
O aleitamento materno ainda é cercado de dúvidas. Tanto que é justamente a falta de informação um dos fatores que mais levam as mães a pararem de amamentar antes do tempo.
Para saber mais – e não passar por isso também – confira o Curso Amamentação na Prática, com a Pâmela. Ela, que é Enfermeira Neonatologista, também tem outro curso na nossa plataforma, o Cuidados com o Bebê.
Em ambos os cursos você irá encontrar, muitas outras informações importantes a respeito dos primeiros dias de vida do seu bebê.
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