Uma entre cada 59 crianças está no espectro autista. É o que estima um relatório divulgado em maio pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos. Mesmo atingindo milhões de pessoas, o transtorno ainda não tem causas conhecidas. Mas, pesquisadores do mundo todo estão trabalhando nesse assunto. Conheça as três novidades sobre o autismo, publicadas pela Revista Crescer:
- Alterações no cérebro: os cérebros de bebês autistas têm alterações relevantes quando comparados aos de outras crianças. Por isso, a Universidade da Carolina do Norte está criando o “atlas do desenvolvimento típico do cérebro”. Cérebros de 1,5 mil fetos e de bebês com semanas de vida estão sendo escaneados para rastrear a estrutura de nervos e mudanças significativas que ocorrem ao longo do desenvolvimento. A expectativa é identificar o transtorno dentro do útero;
- Cientistas descobriram que, por ressonâncias magnéticas estruturais em bebês de 6 a 12 meses, é possível prever com alta precisão, 88%, os que teriam o diagnóstico de autismo aos 2 anos. Com isso, eles acreditam ser possível intervir nessas crianças antes que os sintomas apareçam e antes que as alterações cerebrais associadas ao autismo se consolidem;
- Tratamento alternativo: um estudo publicado em abril deste ano, no jornal científico Neurology, apontou que o CDB, um componente não psicotrópico da cannabis medicinal, pode apresentar resultados positivos no tratamento de crianças autistas;
- Mapeamento genético: hoje, já é possível a realização de testes genômicos para identificar o transtorno e planejar um tratamento individualizado, inclusive no Brasil. Esses testes variam de R$ 4.157 a R$ 22.500, dependendo da complexidade da análise, e podem identificar características específicas da evolução clínica do paciente.
Essas são, portanto, as três novidades sobre o autismo, baseadas na ciência. Caso tenha alguma dúvida sobre o desenvolvimento da sua criança, converse com o médico.