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Quem disse que palmada educa?

Quem disse palmada educa

Muitos pais acreditam que essa a melhor, e às vezes a única forma que se tem de educar uma criança. Mas quem disse que palmada educa? 

A Palmada tem relação direta com a perda do vínculo, o medo, a mentira e a dissimulação. 

Estudos já comprovam os efeitos das agressões físicas ou verbais no cérebro infantil. E há também uma relação direta entre a palmada e a piora no comportamento da criança. 

E por que que muitos pais ainda insistem em bater em suas crianças como forma de correção? Por que eles acham que a palmada educa?

Porque foi assim que eles aprenderam. Eles cresceram em um mundo em que bater na criança era “normal“. 

Aliás, a agressão física era considerada até um ato de amor pela criança. Era assim que se preparava um filho para as adversidades da vida. Esses pais acreditavam estar fazendo a coisa certa. Só que não. 

Ninguém bate por amor.

Não havia ainda, infelizmente, toda essa informação amplamente disponível sobre as consequências da palmada. E era igualmente era restrito o acesso a recursos que poderiam ser usados no lugar dela. 

A saída então era sentar a mão. Ou o chinelo, o cinto, uma vara, dependendo do que o adulto tivesse ao seu alcance e tamanho da raiva dele. 

Mas ninguém bate mais porque ama mais seu filho. Bater NUNCA teve ver com amor.   

A palmada é consequência da falta de controle do adulto, não da criança. 

Diante de um comportamento inadequado da criança o adulto não pode perder a razão, pois é isso o que faz com que ele acabe gritando ou batendo. 

Mas, para não explodir e agir sem pensar, o melhor caminho é dar um tempo a si mesmo, sair de perto da criança e/ou do olhar de quem está assistindo a cena e respirar fundo, até retomar a razão. 

Afinal, é justamente o nosso descontrole, e não o da criança, que nos leva a levantar a mão pra ela.

Educar um filho não é criar um sobrevivente.

Eu “apanhei e não morri“. É o que lemos muitas vezes nas redes sociais da Escola de Pais MundoemCores.com.

Mas não é uma questão de morrer ou não. Educar uma criança é oferecer a um ser humano as melhores oportunidades de crescimento que estiverem ao nosso alcance.

Para quem um dia apanhou, e que acredita que a palmada educa, propomos algumas perguntas:

O que acontecia quando você apanhava? Você gostava? Sentia-se mais responsável depois de uma surra? Mais confiante? Mais próximo dos seus pais? No final das contas o saldo foi realmente positivo para a sua vida de adulto?

Confira no áudio abaixo a nossa Especialista Elisama Santos falando sobre o que ela aprendia (ou não) quando apanhava:

O que você ganhou apanhando, além de não ter morrido?

Normalmente o adulto que sofreu agressões verbais e físicas na infância não se dá conta do que deixou ou que ainda deixa de fazer pelo medo ou pela vergonha, por exemplo, que sente em relação ao outro. 

Ele não desenvolveu plenamente a autonomia, porque tudo o que queria fazer podia machucar, quebrar ou sujar. 

Não aprendeu a lidar com as frustrações porque não podia tê-las. Criança não tinha direito de ficar triste.

Não desenvolveu seu senso crítico porque não tinha voz. Não podia questionar. Era receber ordens e ai dele se não cumprisse. 

Não aprendeu a expressar seus sentimentos porque criança tinha de engolir o choro, já que não tinha motivo pra chorar.

E hoje, só olhando para a sua criança interior, esse adulto talvez consiga enxergar as consequências das palmadas nele mesmo.

Dizer não à palmada faz bem para a saúde da criança

É que uma criança emocionalmente bem, tende a ficar bem fisicamente também. Veja só o que a nossa Especialista Tamira Viana fala neste vídeo:

Não existe essa história de palmadinha.

Palmada ou palmadinha: na cabeça da criança, não faz diferença. É tudo agressão. No final das contas ela não foi acolhida, não foi ouvida, não foi respeitada. Apenas punida

Fora que quem dá um tapa da primeira, dará dois na segunda. Depois três. Até ouvir da criança um “nem doeu” e recorrer à algum acessório mais “eficiente”. 

De novo: no final tudo depende do tamanho da raiva do adulto pelo comportamento da criança, do constrangimento que ele sente por ter gente em volta olhando (no caso de uma birra em um local público) e, sem dúvida, da falta de outros recursos.

Bater não é a solução quando a criança tira a gente do sério. 

A tentativa de dominar os filhos pelo medo ou pela dor só provoca neles vergonha e baixa autoestima, além de trazer nenhum ou muito pouco resultado prático. 

A melhor intervenção, ou seja, aquela que gera mais e melhores alterações de comportamento, é a que leva em conta a empatia

Empatia não é agir como a criança. Muito menos competir com ela. 

Empatia é se colocar no lugar da criança, para entender a atitude dela, pelo ponto de vista dela. É buscar identificar a necessidade – NÃO ATENDIDA – por trás do comportamento.

As nossas Especialistas Elisama Santos e Tamira Viana falam desse assunto nos cursos Educando com Disciplina Positiva e Entendendo o Comportamento da Criança, respectivamente.

Crianças aprendem com os nossos bons exemplos. E também com os ruins.

Sabe aquela história de vou te bater/morder pra você ver como isso dói no outro? Isso, definitivamente, não é empatia, pelo contrário, é só um péssimo exemplo.

Os pais devem primeiro acolher, ouvir, reconhecer os sentimentos. E então fazer com que ela perceba que suas atitudes têm consequência e orientá-la sobre como fazer. 

Pode ser que não funcione da próxima vez? Sim. Talvez a criança faça exatamente do jeito que pedimos a ela para não fazer? Sim. Mas aos poucos os resultados virão. 

Se até os adultos reagem de forma impulsiva diante de determinadas situações, como esperar que o cérebro imaturo da criança responda aos conflitos com bom senso e todo o tempo?

A falta de uma “boa surra” não fará com que o mundo vá de mal a pior. 

O que tem gerado crianças e adolescentes abalados emocionalmente, confusos e violentos é a falta de presença dos pais e não a palmada, porque essa realmente não educa. 

Os adultos têm passado cada vez menos tempo com os filhos. E não é só por conta do excesso de trabalho não, esses pais também não saem de frente das telas! 

É o conceito de Parentalidade Distraída, que já abordamos tanto em nosso blog quanto em nossos cursos. 

Crianças precisam de atenção, de afeto, de menos presentes e de mais abraços, de tempo de qualidade com os seus pais.

E crianças precisam ser orientadas, ao invés de dominadas por eles. 

Palmada não é o que educa um futuro cidadão. 

Com amor, empatia, confiança e respeito não criamos um filho  “mal educado” ou “desobediente”, mas um cidadão consciente e responsável, que um dia poderá contribuir para transformar para melhor a nossa sociedade.

É possível empreender uma transformação cultural, com uma educação sustentada na paz.

Quer uma dica? Conheça os Cursos da Escola de Pais MundoemCores.com. Clicando no botão abaixo você assiste a uma aula grátis do Curso Entendendo o Comportamento da Criança. Clique e assista já!


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