Sim, pode. Aliás, já não é novidade que o cigarro é prejudicial, principalmente quando falamos sobre gravidez/bebê. Mas agora, uma pesquisa realizada na Suécia mostrou que o pai fumante também pode afetar a fertilidade de seus filhos homens.
O estudo, da Universidade de Lund, revelou que jovens que têm pai tabagista apresentaram 51% menos espermatozoides do que aqueles com pais não fumantes;
Essa foi a primeira vez que se comprovou essa relação, independentemente de a mãe ter consumido ou não o cigarro na gestação;
Os pesquisadores não conseguiram, ainda, apontar com precisão o mecanismo que causa essa alteração. Mas, sabe-se que quando o homem é fumante pode haver um comprometimento da vascularização dos órgãos e tecidos periféricos, incluindo os testículos;
E isso causa uma pior oxigenação das células testiculares, podendo ocorrer uma piora na produção dos espermatozoides, tanto em quantidade, como em qualidade;
Foram analisados dados de 104 jovens entre 17 e 20 anos e ajustadas informações como a exposição da mãe à nicotina, fatores socioeconômicos e o tabagismo dos filhos;
E o resultado mostrou que os homens que tiveram pais fumantes tinham uma concentração de espermatozoides 41% menor e 51% menos espermatozoides do que os não fumantes;
Isso porque o cigarro provoca um aumento de radicais livres no sangue, o que pode ser responsável por um aumento na fragmentação do DNA espermático. Ou seja, pela quebra das moléculas de DNA dos espermatozoides;
Além disso, é bom alertar que o pai que fuma antes e durante a gestação pode fazer com que a mãe da criança se torne fumante passiva. E isso pode prejudicar o desenvolvimento do bebê;
Já é sabido que a mãe fumante aumenta o risco de crescimento restrito do feto, fazendo com que a criança nasça com baixo peso, uma vez que a nicotina prejudica a sua oxigenação e nutrição; também pode favorecer um parto prematuro.