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Bebês têm necessidade de colo

Bebês têm necessidade de colo

Esqueça os conselhos para deixar seu filho chorando no berço. Bebês têm necessidade de colo e isso já foi comprovado em pesquisas

Quem nunca ouviu ou disse a frase “Se ficar com esse bebê no colo, ele vai ficar mal-acostumado!”? Mas, hoje, já se sabe que não é bem assim. Isso porque estudos revelam que os bebês têm necessidade de colo e se beneficiam de estímulos físicos no colo da mãe.

Por exemplo, uma pesquisa da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, comprovou isso. Crianças que receberam colo e carinho se tornaram adultos menos ansiosos e com melhor saúde mental.

Como o colo influencia na fase adulta?

Essa estudo revelou que os bebês já esperam o colo da mãe. Sendo assim, isso os acalma, uma vez que todos os sistemas corporais e neuronais ainda estão se estabelecendo. Além disso, deixar o bebê chorar pode fazer com que esses sistemas desenvolvam um gatilho fácil para o estresse.

Da mesma forma, o estudo mostrou que adultos que receberam mais carinho na infância conseguiam compreender melhor outras perspectivas além das suas. Além de se relacionarem mais facilmente e conseguirem “abrir seus corações”.

Ao todo, 600 adultos foram convidados a responder questionários sobre a infância e a vida atual. Então, os especialistas perceberam que os que foram mais acalentados pelos pais quando pequenos tinham menor probabilidade de desenvolver distúrbios psíquicos.

Além disso, descobriu-se que as crianças que recebem atenção e mais tempo junto aos pais se tornam adultos mais saudáveis e com mais habilidades sociais. Ou seja, o que os pais fazem influencia na maneira como o cérebro dos filhos se desenvolve pelo resto da vida.

Estresse

É por esse e outros motivos que os pais precisam abraçar, tocar e embalar os seus bebês. Porque isso os tornará mais calmos. Uma vez que adultos com menos contato e menos carinho têm reações de estresse mais vezes e sentem mais dificuldades para se acalmar.

Falta de toque pode alterar o DNA

Outro estudo relacionado ao toque é ainda mais alarmante. Isso porque já se tem conhecimento que a falta dele pode alterar até mesmo o DNA da criança. Esse foi o resultado de pesquisa feita pela Universidade de Colúmbia Britânica, no Canadá.

Para chegar a essa conclusão, foram analisados os genes de bebês e essa análise foi repetida quatro anos depois. Então, foram observados os padrões de metilação (modificações químicas) do DNA dessas crianças. Aquelas que receberam menos contato físico apresentaram perfil molecular subdesenvolvido para a idade.

Os benefícios do toque

O toque tem efeito de longa duração no cérebro da criança. Foi o que concluiu um segundo estudo do National Children’s Hospital, também nos Estados Unidos. Principalmente quando feito pelos pais nos primeiros dias de vida.

Após observar 125 bebês prematuros, os pesquisadores perceberam que aqueles que tiveram pouco contato pele a pele com os pais ou profissionais de saúde apresentaram respostas neurais reduzidas ao toque. 

Durante a pesquisa, foram feitos leves sopros de ar sobre a pele dos bebês para simular o toque e medir a resposta cerebral por meio de eletrodos. 

Ou seja, os bebês que apresentaram respostas reduzidas desenvolveram menos sensibilidade, o que prejudica a sua interação com as pessoas. E isso se torna ainda mais perceptível no caso de prematuros.

Colo ajuda a aliviar a dor

Da mesma forma, já se sabe que o colo ajuda a aliviar a dor em bebês, segundo outra pesquisa, desta vez italiana. Essa foi a conclusão a que chegaram pesquisadores do Instituto de Saúde Materno-Infantil do IRCCS Burlo Garofolo.

Oitenta recém-nascidos foram acompanhados enquanto recebiam picadas de agulha para exames de sangue em seus pés. Durante esse processo, foram testados dois métodos: água com açúcar e leite materno.

Além disso, essas duas opções foram oferecidas aos bebês de duas maneiras. A primeira enquanto estavam no trocador e, a segunda, enquanto permaneciam no colo de suas mães. Em todos esses casos foram analisadas as expressões faciais e as mudanças nos níveis de oxigênio no cérebro dessas crianças.

Em resumo, a combinação entre bebida reconfortante e abraço materno fez com que os bebês se sentissem melhor rapidamente. Sendo que o leite materno proporcionou melhor analgesia.

Aprender por meio do toque

A especialista do MundoemCores.com Isa Minatel, autora dos cursos online Montessori em Casa e Temperamentos da Criança ao Adulto, alerta. O primeiro grau de aprendizagem do ser humano é pelo contato, pela pele.

“É chamado, portanto, de aprendizagem epidérmica. Ou seja, o ser humano que não tem contato de pele com outro ser humano, com o pai, com a mãe, se sente menos ‘pessoa’, menos amado, se desenvolve menos em termos de inteligência, de aprendizagem”, explica.

Agora que você já sabe que os bebês têm necessidade de colo, aproveite esse período!

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